domingo, outubro 15, 2006

As searas alentejanas




Um destes dias um colega de trabalho sussurou-me ao ouvido:

- És como as searas alentejanas, prometes muito mas dás muito pouco.

Fiquei a pensar naquilo, mas que raio quereria ele dizer? Seria alguma insinuação aos meus níveis de fertilidade? É certo que a minha criação é tipo único, mas... não me parece, e depois, o meu ginecologista disse-me uma vez que eu os tinha bastante elevados. Já foi há muitos anos, mas...

Continuei a pensar.

Prometes muito e cumpres pouco? Questões de trabalho também não seriam que nesse campo sou muito cumpridora.

Ora, não me lembro de lhe ter prometido nada. Calma... o assunto seria... SEXO? Terá ele interpretado o bom humor e simpatia que me caracterizam (gaba-te cesta) como uma promessa? Expectativa gorada...

Se calhar sou mesmo como as searas alentejanas, ou então, são os agricultores alentejanos que esperam obter grelos daquelas terras secas e áridas. Ora toda a gente sabe que o grelo é vegetal que necessita de muita água.

Para concluir, moral da estória: Se não sabes ler trilhos, não te metas no meio da mata.

3 comentários:

Anónimo disse...

O grelo não pode ser vegetal, nem num estado vegetativo...

Xantipa disse...

Gostei muito!
Isso, Cabra!

The Bitch disse...

Cabra!!!!!
Não me ponhas alentejanos a dar grelos a porcos.
Mantem essa gente na bolota.